Dependência Amorosa - Parte III
1258946416 chamadas não atendidas. Dele, claro.
Até hoje, eu agradeço a esta gente que organizou aquele jantar, porque tiraram-me do maior inferno em que vivi até hoje.
Quando lhe liguei de volta, com maus modos, disse-me que eu estava feita numa ordinária. Ok, não foi preciso mais nada.
Muito bem, disse-lhe. Ficamos por aqui.
Até hoje meus amigos, passaram-se 2 anos e meio.
E ainda ontem falava com uma amiga e discutíamos isso... Eu não conseguia ver uma saída para aquela relação, de forma alguma. E do nada, sem sequer ter sido planeado, PIMBAS, BAMMM, acabou.
E foi das melhores coisas que me aconteceu na vida. E será sempre...
Mas isto tudo para vos falar da liberdade. E do quão boa pode ser.
Tá claro que eu venho escaldada, e gato escaldado de água fria tem medo, mas conseguem acreditar que sou tremendamente feliz sozinha?
Claro que não quero passar toda a minha vida sozinha, mas estes 2 anos e meio têm sido uma completa satisfação. AMIGOS, QUANDO EU DIGO SOZINHA É SEM NAMORADOS, OK? Não pensem cá que virei freira ou qualquer porra do género.
De repente faço viagens para o algarve de carro sozinha e adoro. De noite. De dia. Quando calha. Vou para o Porto ter com amigos, sozinha. E ando conforme me apetece. Ninguém me chateia. Ninguém me diz assim ou assado. E não tenho de perguntar nada a ninguém antes de tomar alguma decisão ou combinar alguma coisa.
Pessoalmente, adoro. Vocês não sei, até podem preferir ter companhia. E é legítimo de qualquer das formas. Mais uma vez, a ideia não é criticar ninguém, apenas partilhar ideias e formas de estar.
Não vou mentir que às vezes tenho saudades de ter alguém. Mas este tempo todo sozinha tem-me permitido, não só curar as feridas, como reestabelecer amizades que julgava já ter perdido.
De repente, sou livre. E isso é o mais importante de tudo.
E se alguém desse lado estiver preso como eu estive, tratem de acabar com isso - porque melhor que este feeling só ganhar o euromilhões ou perder peso.